As teias que se costuraram desde chegada de mulheres,
rainhas, princesas, trabalhadoras, mães, avós, filhas, sabedoras das ciências
das terras e humanas aqui em terras indígenas, que atravessaram em oceano de
lembranças, de tristezas, de vazios, de um esquecimento que se queria dar, mas
pulsante nas veias nos cheiros e nas lembranças não se poderia deixar de terras
além mar!
Teias que emaranham lembranças de lá, aqui se
fazem cordas, cordas estas que atravessam o físico, passando pelo sensível
da ancestralidade, pelos antes de nós, pelas forças da terra, das águas e da
natureza. As religiosidades vindas de África aqui ora se misturam, ora se
mantêm intactas são resguardadas e representadas nos corpos femininos, corpos
estes de turbantes, de patuás, de costumes e de segredos, que mesmo a sofrida
violência imposta pela escravidão se desenham na linha das vidas, e são passadas
em herança de geração para geração.
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