sábado, 14 de outubro de 2017

Mulheres Negras Brasileiras nas Religiões de Matriz Africana

As teias que se costuraram desde chegada de mulheres, rainhas, princesas, trabalhadoras, mães, avós, filhas, sabedoras das ciências das terras e humanas aqui em terras indígenas, que atravessaram em oceano de lembranças, de tristezas, de vazios, de um esquecimento que se queria dar, mas pulsante nas veias nos cheiros e nas lembranças não se poderia deixar de terras além mar!

Teias que emaranham lembranças de lá, aqui se fazem cordas, cordas estas que atravessam o físico, passando pelo sensível da ancestralidade, pelos antes de nós, pelas forças da terra, das águas e da natureza. As religiosidades vindas de África aqui ora se misturam, ora se mantêm intactas são resguardadas e representadas nos corpos femininos, corpos estes de turbantes, de patuás, de costumes e de segredos, que mesmo a sofrida violência imposta pela escravidão se desenham na linha das vidas, e são passadas em herança de geração para geração.

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